O ácido pirúvico é considerado o laser dos peelings químicos pois apresenta uma molécula super versátil que acaba se convertendo na pele em ácido lático pela ação da enzima lactato desidrogenase. É considerado um potente agente usado no peeling químico por possuir rápida e fácil penetração, além de ser um dos umectantes mais eficazes para a pele.
Mecanismo de Ação
O ácido pirúvico é um potente agente para peeling químico, em altas concentrações possui rápida e profunda penetração na pele, que ocasiona estímulo na derme referente a biossíntese de glicosaminoglicanas, fibras de colágeno e de elastina. O ácido pirúvico promove uma renovação intensa dos queratinócitos por estimular receptores específicos nessas células, promovendo um afinamento do estrato córneo mantendo a homeostasia da função barreira cutânea. Em baixas concentrações a presença de lactato, que é um dos componentes do fator de hidratação natural da pele, promove uma intensa hidratação e propriedades umectantes. Além do mais, o ácido pirúvico apresenta propriedades antimicrobianas e sebostáticas.
Indicações
- Fotodano moderato
- Hiperpigmentação (pós-inflamatória, pós-actínias e melasma)
- Acne inflamatória, acne ativa, cicatrizes, queratose e verrugas
- Rugas finas
Dosagem usual
De 30 a 70%, podendo usar como solvente água e álcool. Empregar propilenoglicol melhora a permeação. Um detalhe importante é que o ácido pirúvico é tempo dependente, assim sendo deve ser neutralizado de acordo com o protocolo usado. O pH ideal para se trabalhar com segurança com ácido pirúvico é 1,5. Outro detalhe importante é na hora de abrir o frasco. Cuidado pois o ácido pirúvico libera vapores que podem exercer uma pressão no interior do frasco.
Sugestão de Fórmulas
Evidências Científicas
Estudo comparou o uso de ácido pirúvico a 50% com ácido salicílico a 30% com pacientes com acne vulgar. O ácido pirúvico se mostrou superior em todos os quesitos analisados. Melhorou a aparência das lesões, diminuiu a formação de comedões e pústulas inflamadas, redução significativa na produção de sebo.
Um estudo clínico avaliou o uso de ácido pirúvico a 50% em pacientes com fatodano e que buscavam um rejuvenescimento. Após 4 sessões houve uma melhora significativa das rugas finas periorbitais e a melhora não só da textura como da uniformização da pigmentação da pele.
Por fim um estudo recente italiano avaliou o efeito rejuvenescedor do ácido pirúvico em pele maduras, com resultados surpreendentes. Houve melhoras significativas do fotodano, manchas senis, lesões actínicas e rugas periorbitais após 6 sessões.
Referências Bibliográficas