Quando se trata do ácido tricloroacético (ATA), uma das principais preocupações dos profissionais da saúde estética é causar uma possível mancha no paciente, infelizmente, nenhum profissional está isento de uma possível intercorrência. 

Principalmente pelo fato de o ATA ser um dos ácidos mais potentes da estética, por isso, neste artigo você conhecerá alguns caminhos para reverter manchas causadas pelo ácido tricloroacético. 

Conhecendo o ATA OU TCA!

O Ácido Tricloroacético (ATA) é um ácido fenólico amplamente usado na prática clínica de estética.  

É considerado um dos ácidos mais antigos e mais seguros na aplicação de peelings químicos. O TCA ou ATA, tem efeitos cicatrizantes, anti-inflamatórios, bactericidas, desobstrutivos, rejuvenescedores, clareadores e estimulantes da produção de colágeno. 

Entre as principais aplicações do ácido tricloroacético tanto em peelings químicos leves a médios, estão: tratamento de manchas escuras, linhas finas, rugas, acne, poros dilatados e cicatrizes. 

O ATA pode ser aplicado de forma tópica, localizada, a laser ou por métodos de dermoabrasão.  

Pode ser usado como um único ácido ou com outros agentes químicos, como ácido salicílico, ácido glicólico, ácidos fenólicos, retinol, ácido retinóico, entre outros. 

É válido lembrar que ao lidar com o ATA todo cuidado é pouco, pois, uma concentração errada ou a aplicação inadequada podem causar queimaduras graves na pele, vermelhidão, descamação, hiperpigmentação, desconforto e dor. 

Principais mecanismos de ação do Ácido tricloroacético.

 O ácido tricloroacético (ATA) é um dos ácidos orgânicos mais utilizados em tratamentos estéticos, como peeling químico e rejuvenescimento cutâneo.  

 Ele por sua vez tem uma estrutura química única que o torna extremamente eficaz no clareamento da pele, removendo manchas superficiais e estimulando a produção de colágeno.  

O mecanismo de ação do ATA é multifatorial e envolve ação química e física na pele. Quando aplicado na pele, o ATA penetra na epiderme e atua como um agente de clareamento, que promove a uniformização do tom da pele e melhora a textura e a elasticidade.   

O ATA também estimula a renovação celular, removendo as células mortas da superfície da pele, o que resulta na produção de um tecido mais saudável.  

Além disso, o ATA também estimula a síntese de colágeno, o que ajuda a preencher as rugas da pele e a melhorar sua textura.  

 Outro mecanismo de ação do ATA é a sua ação sobre os melanócitos da pele, as células responsáveis pela produção de melanina.   

Ele inibe ou reduz a atividade dos melanócitos, resultando em uma redução da quantidade de melanina na pele e, consequentemente, no clareamento da pele.  

Características físico-químicas do ATA  

O ácido tricloroacético (ATA) é um ácido carboxílico altamente corrosivo usado em procedimentos estéticos. É um dos ácidos orgânicos mais utilizados em tratamentos de pele, como peeling químico e rejuvenescimento cutâneo.   

Possui propriedades físico-químicas únicas, tais como a baixa toxicidade, a alta estabilidade na forma líquida, a facilidade de absorção e a elevada solubilidade em água.  

 O ATA é um líquido incolor com um forte odor característico, que é produzido por meio da reação de ácido sulfúrico com cloro, cloreto de sódio e ácido acético.   

A composição química do ATA é C2HCl3O2 e seu ponto de fusão é de 17,8 °C. É insolúvel em solventes orgânicos, mas solúvel em água e álcoois. O ATA é altamente volátil e altamente inflamável, sendo necessário o uso de equipamentos de proteção individual durante o manuseio.  

 O ATA tem uma estrutura química única que o torna extremamente eficaz na remoção de células mortas da pele, promovendo assim a renovação celular. Quando aplicado na pele o ATA penetra na epiderme, onde atua como um agente de clareamento, removendo manchas superficiais, promovendo a uniformização da tonalidade da pele e estimulando a produção de colágeno. O ATA também é conhecido por melhorar a textura e a elasticidade da pele.  

 

O principal risco ao aplicar um peeling de Ácido Tricloroacético (ATA/TCA) para profissionais da saúde estética é o de causar queimaduras graves e danos à pele, pois o ácido é altamente corrosivo. 

O risco aumenta se o profissional não seguir as instruções adequadas, se a concentração do ácido for incorreta ou se o tempo de aplicação for muito longo. 

 Outros riscos incluem alergias, infecções, hiperpigmentação, descamação, vermelhidão, dor e desconforto para o paciente. 

O profissional de saúde estética também deve estar ciente de que o ácido tricloroacético não deve ser usado em locais com cicatrizes recentes, feridas abertas e em áreas que contenham marcas de expressão profundas. 

 Também é importante que o profissional de saúde estética use equipamentos de proteção adequados, como luvas, máscaras e óculos de proteção durante a aplicação do ácido. Além disso, os profissionais de saúde estética devem ter conhecimento profundo sobre os efeitos colaterais e riscos envolvidos na aplicação do ácido tricloroacético. 

 3 técnicas para clarear manchas causadas pelo ATA.

Agentes clareadores: 

Existem vários agentes clareadores que podem ser usados para gerenciar manchas causadas por peelings de ATA (ácido tricloroacético). Alguns dos mais comuns incluem hidroquinona, ácido kójico, ácido azelaico, ácido glicólico, ácido salicílico, retinóides, vitamina C e niacinamida. 

A escolha do melhor agente clareador dependerá das características individuais de cada caso, como o tipo de pele, a intensidade da mancha, a sensibilidade da pele e a presença de outras condições dermatológicas. 

O ácido kójico e o ácido azeláico são boas opções para clarear manchas causadas por peelings químicos, pois, eles ajudam a reduzir a produção de melanina na pele e promovem uma renovação celular.  

O ácido glicólico e o ácido salicílico são agentes esfoliantes que ajudam na renovação das células mortas da pele e na melhora da textura e tom da pele.  

Retinoides, vitamina C e niacinamída também são ótimas opções, pois, estimulam a produção de colágeno na pele e também corroboram para uma melhora na aparência geral da pele. 

Portanto, a escolha do agente clareador para o gerenciamento de uma mancha causada por um peeling de ATA depende de vários fatores. Logo, o profissional da saúde estética deve analisar cuidadosamente o caso do seu paciente e decidir qual clareador atende melhor aos interesses do tratamento. 

 Nutracêuticos 

De igual modo os nutracêuticos também podem ajudar a reverter queimaduras causadas pelo Ácido Tricloroacético (ATA). Os nutracêuticos são substâncias naturais que contêm propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e cicatrizantes que podem ajudar a tratar e curar queimaduras. 

O ômega-3 é um ótimo nutracêutico, esse por sua vez é um ácido graxo essencial que pode ajudar a reduzir a inflamação e auxiliar a cura da queimadura, enquanto o ácido alfa-lipóico pode ajudar a reduzir a vermelhidão e a dor. 

O ácido fólico e a vitamina C podem ajudar a estimular a produção de colágeno, acelerar a cicatrização e prevenir a inflamação. A vitamina D e a vitamina E podem ajudar a reduzir a inflamação e a acelerar a cura da queimadura. 

Além disso, o licopeno, a vitamina K e a coenzima Q10 também podem ajudar a tratar queimaduras causadas pelo ATA.  

O licopeno é um antioxidante que pode ajudar a prevenir a inflamação, aumentar a elasticidade da pele e acelerar a cicatrização. A vitamina K e a coenzima Q10 podem ajudar a estimular a produção de colágeno, reduzir a inflamação e acelerar a cura da queimadura. 

Portanto, os nutracêuticos são uma ótima forma de tratar queimaduras causadas pelo ATA, pois eles contêm propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e cicatrizantes que podem ajudar a reduzir a vermelhidão, a dor e a inflamação e acelerar a cura da queimadura. 

Uso de protetor solar 

 O uso de filtro solar é uma técnica essencial para ajudar a prevenir e tratar queimaduras causadas por peelings de Ácido Tricloroacético (ATA). O filtro solar ajuda a proteger a pele dos efeitos nocivos dos raios solares, que podem agravar as manchas escuras e interferir no gerenciamento da queimadura. 

 Para ajudar a tratar queimaduras causadas pelo ATA, é importante que o profissional da saúde estética recomende ao paciente o uso de um filtro solar de alto fator de proteção, como um FPS de 30 ou maior, mesmo nos dias nublados. O paciente também deve usar um chapéu, óculos de sol e roupas protetoras para ajudar a proteger a pele. 

 A utilização de um filtro solar de alto fator de proteção ajuda a minimizar o risco de queimaduras solares e a retardar o envelhecimento precoce da pele. Além disso, o uso de filtro solar ajuda a prevenir o desenvolvimento de manchas escuras na área de tratamento, o que pode ajudar a melhorar os resultados do tratamento. 

 Considerações finais

Apesar dos benefícios do Ácido Tricloroacético (ATA) para tratar manchas escuras, linhas finas, rugas, acne, poros dilatados e cicatrizes, o uso inadequado deste ácido pode causar queimaduras graves e danos à pele. 

 Por isso, é importante que o profissional da saúde estética siga todas as instruções adequadas, use equipamentos de proteção adequados e tenha conhecimento profundo sobre os efeitos colaterais e riscos envolvidos na aplicação do ácido tricloroacético. 

 Além disso, existem técnicas eficazes e seguras para ajudar a reverter manchas escuras causadas por peelings de ATA, como o uso de agentes clareadores, cremes hidratantes, loções despigmentantes, óleos essenciais e filtro solar. 

 Em suma, o uso adequado do ácido tricloroacético pode ajudar a melhorar a aparência da pele e devolver a ela o seu tom e suavidade saudáveis. No entanto, é importante que o profissional da saúde estética siga todas as recomendações apropriadas e use técnicas seguras para ajudar a prevenir e tratar possíveis queimaduras causadas pelo ATA. 

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